Saiba qual é a chave da precisão da análise de óleo
A análise de óleo é talvez uma das melhores ferramentas em seu arsenal quando o objetivo é determinar a saúde de uma máquina. A informação contida no óleo não somente contém informações importantes sobre a saúde do óleo, como carrega informações sobre o modo de desgaste existente nas máquinas. Quando você utiliza esta informação e compara com o histórico da máquina, você pode entender melhor o que está acontecendo dentro dela.
Saiba qual é a chave da precisão da análise de óleo
Muitas pessoas se referem a análise de óleo como uma atividade que deve acontecer somente “se sobrar tempo” e não colhem os benefícios que esta tecnologia pode oferecer. Ela deve ser levada a sério e ser realizada com cuidado. A análise de óleo não se resume em somente encher um frasco com óleo do sistema; você deve realizar esta tarefa de forma apropriada para conseguir obter resultados precisos do laboratório.
O primeiro passo para obter o melhor resultado da análise de óleo é identificar o local mais apropriado para coletar uma amostra. As amostras devem ser coletadas sempre de áreas turbulentas ou “vivas” no sistema. Coletar uma amostra do dreno pode não representar de forma muito precisa a condição da máquina. Partículas de desgaste, contaminantes e água se instalam no fundo do tanque, tornando esta amostra cheia de informações que não necessariamente condizem com o que de fato está acontecendo na máquina. Esta prática também torna difícil a análise de tendências.
A amostragem com mangueira deve ser um método evitado. Isso envolve uma bomba de vácuo, uma quantidade de mangueira e o reservatório do equipamento que você vai amostrar. Com este método, é difícil garantir que a mangueira está na zona viva do óleo e também é muito difícil garantir a repetibilidade do local desta coleta. Isso faz com que as tendências sejam pobres assim como a precisão desta amostragem.
Modificar seu equipamento para incluir pontos de amostragem fixos deve acontecer se você busca melhores resultados de seu programa de análise de óleo. Instalar válvulas permite que as amostras sejam sempre coletadas do mesmo ponto, tornando o processo consistente. A válvula deve estar localizada em uma área onde há turbulência no óleo. Esta turbulência pode ser encontrada após bombas ou em cotovelos onde o óleo vira e flui violentamente. Você deve coletar a amostra no retorno de sistemas ou antes dos filtros para assegurar que você não está perdendo informações importantes por conta da filtragem.
Alguns sistemas podem ter apenas um ponto de amostragem. Por exemplo, se você possui um redutor você deve instalar o ponto de amostragem com uma extensão de aço inoxidável de forma que o fim do tubo (de onde a amostra será succionada) está próxima dos dentes das engrenagens, do lado para onde as engrenagens estão girando e a pelo menos 5 cm de distância das paredes do redutor. Quando você coletar a amostra, você utilizará sempre o mesmo ponto. Isso garante a consistência e a tendência. Além de tornar o processo mais rápido e seguro.
Muitos sistemas devem ter muitos pontos de amostragem. E é neste caso onde a discussão sobre pontos primários e secundários acontece. O ponto primário é o local do sistema no retorno após a passagem por todos os componentes onde você pode obter uma boa representação do sistema como um todo em somente uma amostra. Quando você coleta amostras deste local e analisa os resultados pode ser que você comece a observar um aumento nas partículas de desgaste. Caso isso aconteça, você precisa instalar pontos secundários. Os pontos secundários permitem que você acompanhe de onde as partículas estão vindo. Geralmente pontos secundários devem ser instalados após componentes individuais de forma a permitir o monitoramento de sua saúde.
Por exemplo, se você está coletando uma amostra de uma linha de retorno de um hidráulico e observa um aumento nas partículas de desgaste, você deve amostrar mais pontos no sistema até achar de onde estas partículas estão vindo. Em um sistema hidráulico típico, você precisará de pontos secundários após a bomba e após os cilindros ou motores hidráulicos do sistema. Isso permitirá que você encontre onde é a fonte das partículas de desgaste.
Utilizar as técnicas apropriadas de amostragem é tão importante quanto as válvulas de coleta. Você deve limpar seus dispositivos de amostragem para evitar que a contaminação nelas afete a amostra que está sendo coletada. Normalmente fazer um “flushing” de seu dispositivo de coleta com o óleo que será coletado por 10 vezes é suficiente para não contaminar a amostra. Para ambientes extremamente contaminados, mantenha o frasco, mangueira e bomba de coleta dentro de um saquinho tipo zip-lock para garantir o mínimo de interferência na coleta.
Além do mais, observe o frasco de coleta que você está usando. O nível de limpeza do frasco faz toda a diferença na contagem de partículas. Caso sua contagem de partículas esteja alta, considere a aquisição de frascos “limpos” ou “super-limpos” certificados, o que garante o mínimo de interferência neste ensaio. Para sistemas que são extremamente críticos, o uso de frascos certificados é recomendado.
As informações contidas nas análises de óleo são muito ricas para aqueles que as utilizam bem. Assegurar que você está coletando suas amostras corretamente faz com que a tendência dos resultados seja melhor interpretada. Claro que observar também dados históricos do equipamento também é fundamental para qualquer programa de análise de óleo. Continue se esforçando para alcançar padrões de classe-mundial e sempre observe o que a tendência dos resultados está lhe mostrando.
Melhores Práticas de Amostragem de Óleo:
- O uso consistente de melhores práticas documentadas de amostragem
- Amostragem em zonas vivas
- Antes de filtros
- Frascos de amostras e dispositivos de coleta limpos
- Amostragem na frequência certa
- Relate a adição de óleo novo, caso tenha sido o caso
- Envio imediato das amostras ao laboratório
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